O Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, pediu, hoje, 21, o levantamento das sanções económicas impostas por potenciais ocidentais ao seu país, em resposta à sua má governação.
Discursando na 71a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Mugabe disse que “as sanções impostas pelos neo-imperialistas punem o povo do Zimbabwe, por ser independente”.
Ele criticou “os Estados Unidos e outras potencias ocidentais” por manterem o bloqueio económico ao seu país nos últimos 16 anos, o que segundo ele viola os princípios das Nações Unidas.
As sanções económicas e financeiras foram impostas em 2001, pelos Estados Unidos, em resposta às graves violações dos direitos humanos e desrespeito ao Estado de direito.
As mesmas incluem restrições no apoio financeiro americano, banimento de viagens aos Estados Unidos de determinados indivíduos, banimento de trocas comerciais de bens de defesa e serviços, e suspensão de todo o apoio governamental não humanitário.
Os Estados Unidos continuam a liderar a ajuda humanitária ao povo do Zimbabwe.
Por várias vezes, o governo americano disse que o levantamento de sanções apenas teria lugar caso o Zimbabwe opere reformas democráticas credíveis, transparentes e douradouras.
No entanto, Mugabe disse que se as sanções não forem levantadas, o seu país não irá cumprir as metas de desenvolvimento internacionalmente acordadas.
Reformas no Conselho de Segurança
Quanto às Nações Unidas, Mugabe pediu mais transparência, inclusão e reformas, em particular no Conselho de Segurança e na escolha do novo líder da organização.
Esse comentário e desqualificado por activistas zimbabweanos dos direitos humanos que consideram caricato um Presidente no poder há 36 anos questionar transparência.
Mugabe elogiou o trabalho do Secretário-geral cessante das Nações Unidas Ban Ki-moon, em particular por ter apoiado a agenda africana na organização e ajudado a ultrapassar crises como a da Ébola, matou milhares no continente.
“Muitos de nós teremos saudades, especialmente em África”, de si (Ban Ki-moon), disse Mugabe a terminar a sua intervenção.