Os líderes africanos e seus parceiros estão determinados a alargar o investimento para que as mulheres e jovens libertem o seu potencial e desenvolvam o continente.
Esta posição foi reafirmada, esta segunda-feira, 19, numa conferência sobre o dividendo demográfico, em Nova Iorque, integrada na 71a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Especialistas interpretam o dividendo como o ganho directo da mudança da estrutura etária, em resultado do processo da transição demográfica.
A maioria da população africana é presentemente activa – 15 – 64 anos – o que representa uma oportunidade de crescimento económico.
Mas para isso acontecer é preciso investir na saúde e educação dos jovens e mulheres.
Babatunde Osotimehin, director executivo do Fundo das Nações Unidas para a População, disse que tal como os jovens, as mulheres africanas deverão ser dadas a oportunidade de sozinhas determinar a melhor altura para ter filhos e formação profissional que lhes permita oportunidades de emprego.
A posição foi secundada pelo vice-presidente do Banco Mundial, Keith Hansen, que insistiu que os jovens deverão estar no centro das iniciativas de desenvolvimento, daí a importância do seu envolvimento na concepção desses programas.
Quanto ao empoderamento da mulher, os participantes elogiaram a experiência do Ruanda, país que logrou colocar mais mulheres no parlamento e noutras áreas essenciais.
O Presidente Paul Kagame, disse que o importante é o compromisso politico.
“Uma coisa é falar e outra é fazer. O que fizemos no Ruanda está ao alcance de todos”, disse.
Os Presidentes Idris Deby, do Chade, e RocH March Christian Kabore, do Burkina Faso, entre outros participantes aceitaram o desafio.