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MPLA tem que gerir com cuidado agudizar de crise interna, dizem analistas


Angola João Lourenço
Angola João Lourenço

UNITA diz que Eduardo dos Santos tentou embaraçar Lourenço em Portugal

O diferendo entre o Presidente João Lourenço e ex-chefe de estado Eduardo dos Santos mina a estabilidade política, a confiança de parceiros internacionais e deve ser agora gerida com cuidado, avisaram analistas económicos e políticos.

Há eduardistas dentro do MPLA - 20:59
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o economista Augusto Batista disse que os últimos acontecimentos revelam que o MPLA está agora dividido entre “lourencistas” e “eduardistas”.

Batista criticou o presidente João Lourenço pela “linguagem” que usou na entrevista que concedeu ao jornal português Expresso em que criticou a anterior administração de Eduardo dos Santos, afirmando que o presidente tinha usado “linguagem muito baixa para um chefe de estado”.

“Essa entrevista mina a estabilidade política”, disse afirmando que põe em causa declarações anteriores de que a transição tinha sido “exemplar”.

Augusto Batista disse que tinha sido o próprio João Lourenço que tinha afirmado que “não há lourencistas e não há eduardistas” mas os últimos acontecimentos demonstram o contrário, afirmou.

“O MPLA tem que saber assumir o seu activo e assumir o seu passivo”, disse Batista que criticou o actual presidente afirmando que este “sempre fez parte do Bureau Politico nos últimos 20 anos, foi secretário-geral do MPLA e no último governo foi ministro da defesa, um ministério muito poderoso”.

“O MPLA tem que assumir o seu passivo, tem que reconhecer que cometeu erros no passado e trabalhar para corrigir isso”, acrescentou.

Por seu turno o porta-voz da UNITA Alicides Sakala disse que “tudo indica” que o ex presidente tentou criar “embaraços diplomáticos” à deslocação de João Lourenço a Portugal.

Para Alcides Sakala o mais importante desta “telenovela” é que revela a existência de “contradições” dentro do MPLA que “se vão agudizando à medida que o tempo passa”.

Isto, disse o porta-voz da UNITA, poderá levar “á perca de confiança que se tem vindo a tentar construir a nível internacional”.

Por outro lado o diferendo “é o agudizar de uma situação que tem que ser devidamente gerida”, acrescentou

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