O MPLA, no poder, em Angola e a UNITA, na oposição, estão num novo braço-de-ferro, alimentado pela disputa sobre a devolução dos restos mortais do fundador do partido “galo negro”, Jonas Savimbi, morto em 2002.
Depois de 16 anos sem responder aos reiterados pedidos da família do ex-líder rebelde, o partido no poder surge agora a exigir que, de igual forma, a UNITA devolva os corpos do militares do exército mortos em combate.
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva revelou à Rádio Comercial de Luanda, nesta terça-feira, 7, estar a fazer diligências junto do Presidente da República para que os restos mortais de Jonas Savimbi sejam entregues, satisfazendo o desejo da família que pretende realizar um “funeral condigno” na sua terra natal.
Entretanto, o membro do Bureau Político do MPLA, general Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, condicionou, numa recente declaração à imprensa, a entrega do corpo de Jonas Savimbi e de outros dirigentes do “galo negro”à devolução dos restos mortais dos oficiais do Governo que afirma terem sido assassinados pela UNITA na província do Uíge.
Para o analista João Lukombo Zatuzolaas declarações de Dino Matrosse são indicativas de que o Governo não está interessado em entregar os corpos dos dirigentes da UNITA.
Jonas Savimbi morreu em combate em 2002 e se estivesse vivo teria completado 84 anos nopassado dia 3 de Agosto.