Duas equipas de inquérito foram criadas para avaliar os contornos do baleamento mortal de cinco reclusos da cadeia distrital de Milange, na província da Zambézia, centro de Moçambique.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20) pela ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, que promete para a próxima semana, elementos que lhe permitam tomar eventuais medidas em torno do caso.
“Uma das equipas foi criada ontem (19) e integra equipas do Ministério da Justiça e do Serviço Nacional de Prisões, e esperamos ter o inquérito concluído em uma semana” disse Helena Kida, em declarações à imprensa.
Para já, Kida coloca de lado que tenha havido excesso de zelo por parte do guarda prisional, que afinal, era o único a trabalhar para guarnecer mais de 200 reclusos.
“Não sei qual seria o comportamento ideal de um único guarda prisional perante uma situação de tentativa de evasão de cerca de 280 reclusos. Se tivesse, de facto, conseguido fugir, hoje estaríamos a falar de outra coisa” disse a ministra, lamentando, contudo, as fatalidades.
O activista social Silva Silva, defende a necessidade de se aprofundar as causas da actuação que culminou com as cinco mortes, num caso que mais parece uma execução.