O Parlamento Juvenil de Moçambique "repudia" publicamente a posição do ministro da Educação perante as exigências feitas pelos bolseiros nacionais que se encontram a estudar na Argélia e que se manifestaram defronte da embaixada do seu país, em Argel, exigindo melhores condições.
Como afirma Quitéria Guirengane, secretária para as Relações Internacionais do Parlamento Juvenil, “assume que, face a ameaça de repatriar os estudantes bolseiros moçambicanos na Argélia, as manifestações ocorridas na Argélia poderão ser transladadas para Moçambique” e, nessa eventualidade, considera que o ministro Zeferino se deveria demitir.
Aquela organização juvenil independente sublinha, a propósito: “Só por turva manobra de propaganda se pode condenar os que recorreram ao direito constitucional de se manifestar para fazerem vincar os seus direitos, esgotados todos os mecanismos de negociação com o governo, ao invés de se procurar actuar sobre as causas que desencadeiam tal agressão social”.
O Parlamento Juvenil,” irritado e profundamente indignado”, exorta o governo moçambicano “ a primar pelo diálogo aberto, franco e permanente com os estudantes bolseiros no exterior, em particular e com a juventude no geral” – lê-se no comunicado daquela organização assinado pelo seu presidente, Salomão Muchanga.
"Face à ameaça de repatriar os bolseiros, as manifestações da Argélia poderão ser transladadas para Moçambique".