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Mali: Junta Militar entre a espada e a parede


do regresso de combatentes tuaregues fortemente armados da Líbia onde integravam as forças de segurança do Coronel Kadhafi
do regresso de combatentes tuaregues fortemente armados da Líbia onde integravam as forças de segurança do Coronel Kadhafi

CEDEAO "nega legitimidade" à Junta, impõe sanções aos seus membros e exige retorno á normalidade democrática".

Mali: Junta militar sob pressão

No Mali, testemunhas confirmaram a conquista pelos rebeldes Tuaregues de uma estratégica cidade no norte do país.

O controlo pela rebelião da cidade de Kidal, acontece dia depois da CEDEAO ter dado um ultimato de 72 horas a Junta militar no poder com vista a repor a ordem constitucional.

Informações provenientes do norte do Mali indicam que os rebeldes entraram na cidade de Kidal hoje Sexta-feira no seguimento de uma ofensiva lançada no dia anterior.

Nesse avanço as forças do MNLA segundo as fontes na região, estão a ser apoiadas por um grupo islâmico denominado de Ansar Edine.

Na capital Bamako, o líder da Junta Militar, o capitão Amadou Sanogo disse a jornalista que a situação é crítica e que o país precisa de ajuda externa para travar o avanço dos rebeldes e proteger a integridade territorial.

O anúncio do avanço das forças rebeldes é mais um duro golpe aos militares que receberam um inesperado ultimato da CEDEAO para no prazo de 72 horas apresentarem um plano de retorno a ordem constitucional.

Esta pressão vem na sequência do abandono ontem de um anunciado encontro entre seis Chefe de Estados dos países da CEDEAO com o líder da junta militar em Bamako. A delegação presidencial abortou a reunião ao ser recebida no aeroporto da capital maliana por um grupo de manifestantes a favor do golpe militar.

Numa mini-cimeira realizada logo a seguir em Abidjan os seis presidentess voltaram a negar toda a legitimidade do Comité Nacional de Restabelecimento para a Democracia e as Restauração do Estado - CNRDRE.

O comunicado de 7 pontos chamou ainda a responsabilidade do CNRDRE a assegurar a segurança e protecção do presidente deposto Amadou Toumani Touré, a libertar todos os presos políticos.

Os seis chefes de Estados da CEDEAO voltaram a reafirmar a suspensão imediata do Mali de todos os orgãos de decisão da organização, assim como colocar em estado de alerta a força de intervenção da Africa do Oeste para toda e qualquer eventualidade.

Um alto funcionário da organização regional, Remi Ajebewa deixou a entender contudo que poderá até ser aceite a não reinvestidura do presidente Amadou Toumani Touré.

Nós queremos que a Junta Militar entenda que eles não podem assumir o poder pela via inconstitucional. E como tal, devem renunciar ou passa-lo a alguém credível, e de seguida apresentar-nos um roteiro de acções que vão levar a cabo.”

Remi Ajebewa é chefe dos assuntos políticos e internacionais da CEDEAO.

Importa referir que os Chefe de Estados dessa organização reunidos em Abidjan decidiram tomar uma medida radical, que prevê embargos diplomático e financeiro contra o Mali, a menos que seja garantido o retorno a ordem constitucional, o mais tardar até a próxima Segunda-feira.

A CEDEAO tinha previsto um compromisso que passaria pela nomeação do presidente da deposta Assembleia Nacional do Mali, Dioncounda Traoré para dirigir o processo de transição política.

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