Os residentes da província angolana de Cabinda denunciam a deterioração da situação social e económica com a subida dos preços dos principais bens da cesta básica.
Associações cívicas e responsáveis políticos na oposição dizem que o recurso aos países vizinhos tem sido a salvação dos residentes que podem pagar a viagem e as despesas.
A situação já não era boa antes da implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), mas com o aumento dos preços dos bens de primeira necessidade o custo de vida tende a aumentar.
Estevão Pedro, segundo dirigente da UNITA na província, diz que a população encontra nos vizinhos Congos a alternativa para a satisfação das suas necessidades.
"Se não tivéssemos os dois Congos, não sei o que seria, fica muito mais em conta as pessoas abastecerem-se na Républica do Congo e na República Democrática do Congo do que no nosso próprio pais”, sublinha Pedra.
Por seu lado, o activista Alexandre Fernandes diz que o cenário é desolador com o cidadão a perder cada vez mais o poder de compra.
"Conforme diz o ditado no nosso dialecto você olha só, as coisas estão bastante caras os produtos da cesta básica que disseram que os preços não seriam alterados aumentam a cada dia e a situação económica e social das pessoas agrava-se muito, aumentando a miséria", sustenta Fernandes.
Apesar do IVA não se aplicar a alimentos e produtos de primeira necessidade, desde a sua introdução, os preços subiram, no momento em que a moeda nacional, o kwanza, depreciou mais de 30 por cento.