Quarenta e oito horas depois do assassinato de Jeremias Pondeca, quadro sénior da Renamo e membro do Conselho de Estado, o Ministro do Interior chamou a imprensa ao seu gabinete, para reagir a caso.
Com a mesma retórica policial de sempre, Basílio Monteiro assegurou que o caso está a ser devidamente investigado.
Jeremias Pondeca é mais um de uma longa lista de figuras públicas assassinadas à luz do dia nas cidades moçambicanas. Regra geral, apesar da retórica policial, os casos nunca são esclarecidos.
Dessa lista constam o economista António Siba-Siba Macuácua e o o Constitucionalista franco-moçambicano Gilles Cistac.
Monteiro diz que a sociedade mantém as esperanças de vir a esclarecer os casos.
Para alguns sectores da sociedade, os assassinatos selectivos em curso tem origem nos chamados esquadrões da morte, que vão passeando a sua classe no país.
Perguntado sobre esta hipótese, o ministro diz que a existirem, serão eliminados.
O assassinato de Pondeca já teve reações de vários quadrantes do mundo.
A Embaixada dos Estados Unidos em Maputo e a União Europeia emitiram comunicados de condenação e exortam as autoridades para porem cobro ao que chamaram de violência política no país.