Mais de três mil casos de cancro são diagnosticados anualmente em Moçambique, revelaram as autoridades de saúde, no primeiro congresso nacional sobre a doença, em Maputo.
Especialistas que participam neste congresso são unânimes quanto à associação do cancro ao HIV e consumo de tabaco, e defendem que o combate passa pela prevenção.
O diagnóstico é feito em Maputo, Nampula e Beira, respectivamente com dois mil, 700 e 500 casos.
Na mulher, o cancro do colo do útero é o mais frequente correspondendo a 30% do total dos casos, seguidos do cancro da mama e do sarcoma de Kaposi, revelou João Fumane, especialista na aérea.
"Nos homens, sem dúvida o cancro da próstata é o líder, depois o sarcoma do Kaposi que é um cancro da pele associado a SIDA,” disse Fumane, que é também director do Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária do país, e uma das três que faz o rastreio da doença no país.
Fumane disse que no seu hospital há condições básicas para o tratamento e “estamos já na fase final da instalação da radioterapia”.
Para o despiste, sobretudo na mulher, Moçambique, aposta nas consultas materno-infantis, afirmou o vice-ministro da Saúde, Mouzinho Saide.
As autoridades sanitárias defendem a inclusão da vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV) no calendário nacional de vacinações.