Analistas dizem que apesar de o Gabinete Central de Combate à Corrupção, recentemente, ter acusado dois antigos destacados servidores públicos de uso indevido de fundos do Estado, o combate a este fenómeno ainda tem grandes desafios.
Os servidores acusados são o ex-ministro moçambicano dos Transportes, Paulo Zucula, e o antigo edil da Manhiça, Alberto Chicuamba.
Estes dois casos têm sido largamente publicitados pelas autoridades e surgem como um grande troféu de batalha, mas para alguns analistas, "se for troféu, é de uma pequena batalha, porque a guerra ainda está muito longe de ser ganha".
O analista Gustavo Mavie sublinha que aqueles que "muitas pessoas sabem que delapidam fundos do erário público e têm um património que não se sabe como foi adquirido, continuam impunes".
Mavie diz ainda que no porto de Nacala, na província nortenha de Nampula, "há situações que são verdadeiros sindicatos da máfia, que actuam no negócio da madeira que ninguém consegue travar".
Mas para o analista Carlos Cossa é positivo o facto de a corrupção em Moçambique começar a ter cara, porque durante muito tempo se dizia que a corrupção não tinha rosto