A extensão do período de permanência na África do Sul ou em Moçambique passou de 30 dias para três meses facilitanto o intercâmbio entre os dois países.
O acordo entre os dois países cobre situações tais como turismo, consultas médicas, negócios, conferências, seminários, intercâmbios estudantis e desportivos.
A extensão do prazo de vistos exclui casos de trabalho no sector formal ou informal na África do Sul e vice-versa, que envolve a maior parte dos imigrantes moçambicanos e de outros países.
Mesmo assim, a associação dos empresários moçambicanos em Gauteng, com 26 membros, acolhe a iniciativa acordada pelos presidentes Filipe Nyusi, de Moçambique, e Jacob Zuma, da África do Sul, em Outubro de 2015 .
Os serviços consulares de Moçambique na África do Sul dizem que ainda não têm orientações sobre a extensão do prazo de vistos.
Esta extensão é anunciada numa altura em que a África do Sul tem se queixado de uso considerado abusivo de passaportes especiais por viajantes moçambicanos.
As autoridades sul-africanas alertaram o governo de Moçambique para um elevado número de moçambicanos com passaportes diplomáticos e de serviço que tem cruzado a fronteira, levantando suspeitas sobre os documentos especiais de viagem.
Só numa semana, este ano cerca de 1.500 pessoas terão entrado na África do Sul usando passaportes especiais do estado moçambicano.
O número é considerado muito elevado e fez despertar o Governo de Moçambique para a necessidade de avaliar o processo de emissão, concessionado a uma empresa privada europeia.