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Moçambique: Há sinais de que o modelo de descentralização é menos atrativo


Stella Pinto Zeca, candidata da Frelimo, Beira
Stella Pinto Zeca, candidata da Frelimo, Beira

Alguns governadores provinciais vão concorrer como cabeças de lista nas eleições autárquicas de Outubro, o que analistas dizem que pode sinalizar que o modelo de descentralização não é atrativo, em termos de acesso a recursos.

Pelo menos dois governadores provinciais, Julio Parruque, de Maputo; e Manuel Rodrigues, Nampula, bem como Stella Pinto Novo Zeca, Secretaria de Estado em Sofala, são cabeças de lista da Frelimo para as eleições municipais de 11 de Outubro, nas autarquias de Matola, Nampula e Beira, respectivamente.

Presentemente, a província abrange os distritos e municípios, e num quadro em que a província não tem tributos e o município tem isto, na opinião do analista e pesquisador do CIP, Ivan Mausse, pode significar que o modelo de governacão provincial não é de todo atrativo, razão pela qual os governadores pretendem agora descer para os municípios.

Mausse referiu que isto pode significar que as promessas que foram feitas às populações pelos governadores não foram cumpridas.

Por outro lado, o analista político Gil Aníbal diz que isso faz parte da estratégia montada pela Frelimo para estas eleições, “porque essas peças que o partido montou nas autarquias lideradas pela oposição (Nampula e Beira), têm um único objectivo que é resgatar esses municípios para a sua gestão”.

O membro da Comissão Política da Frelimo, Celso Correia, durante a apresentação publica dos cabeças de lista, em Nampula, disse que o partido escolheu candidatos que já demonstraram capacidade de gerar resultados, sobretudo ao nível das comunidades.

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