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Moçambique: Encerrada última base da Renamo com expectativa de solução de assuntos ainda pendentes


Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, e Ossufo Momade, presidente da Renamo, cerimónia de encerramento da última base da antiga guerrilha
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, e Ossufo Momade, presidente da Renamo, cerimónia de encerramento da última base da antiga guerrilha

O Presidente de Moçambique e o presidente da Renamo, na oposição, encerraram nesta quinta-feira, 15, a última base da antiga guerrilha em Vanduzi, distrito da Gorongoza, na província de Sofala.

Na cerimónia, 347 oficiais da Renamo passaram finalmente à vida civil no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).

No final do processo, segundo dados oficias, foram desmobilizados 5221 antigos combatentes e esta foi 16ª base encerrada.

“A nossa ferramenta eficaz será e deverá ser sempre o dialogo, por isso, não deixemos que a violência e a chantagem destruam as pontes de entendimento que juntos estamos a contruir”, disse Filipe Nyusi, que, na ocasião, reiterou "afirmar com segurança que o encerramento desta base demonstra a determinação inabalável do meu Governo e da Renamo em não mais voltar às hostilidades militares e consolidar a paz duradora em Moçambique”.

Nyusi pediu ainda os beneficiários do DDR “sejam recebidos de braços abertos”.

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, apelou aos desmobilizados que continuem fieis aos ideiais de André Matsangaíssa e Afonso Dhlakama, fundador e líder histórico do partido, respectivamente.

Momade afirmou que quer "ver nos próximos dias a fixação, o pagamento das pensões aos nossos combatentes e apelamos para que não haja mais incumprimentos nos entendimentos que temos vindo a alcançar”, disse, realçando que o empenho pela paz efetiva não significa “apenas o calar das armas”.

Recorde-se que este processo é consequência do Acordo de Paz de 2019.

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