Buracos na N7, a estrada que liga Moçambique aos países do interior africano, são fonte de sobrevivência de dezenas de famílias, que ganham a vida colocando argila à mão num asfalto degradado.
Mulheres a crianças de comunidades pobres de distritos moçambicanos de Guro (Manica) e Changara (Tete), chegaram à estrada para controlar negócios da família, como a venda de carvão vegetal e malambe (uma fruta silvestre da época), e os buracos no asfalto abriram novas oportunidades.
Os tapadores de buracos arriscam vidas, em troços críticos da estrada, muito movimentada por camiões de carga, que dinamizam a economia dos países do interior, a partir do porto da Beira, no oceano Indico. Muitos dos tapadores privatizaram pedaços de estrada, para impedir novos candidatos.