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Moçambique: Balas reais respondem por 90 por cento das mortes durante os protestos pós-eleitorais


Feridos nas urgências do Hospital Central de Maputo em resultados dos protestos eleitorais em Moçambique. Fotografia de Francisco Júnior
Feridos nas urgências do Hospital Central de Maputo em resultados dos protestos eleitorais em Moçambique. Fotografia de Francisco Júnior

A plataforma eleitoral Decide revelou nesta sexta-feira, 24, que pelo menos 315 pessoas morreram em Moçambique nas manifestações pós-eleitoraisdas quais 90% foram vítimas de "balas reais".

O boletim daquela organização não governamental informou ainda que 730 ficaram feridos por tiros.

Do total de mortos contabilizados em praticamente três meses 111 registaram-se em Maputo (cidade e província), e 81 em Nampula, no norte.

Alguns casos documentados no relatório identificam vítimas mortais atingidas a tiro quando se encontravam dentro de casa.

O relatório acrescenta que foram verificadas, pelo menos, 4.236 "detenções ilegais" em todo o país, e que 96% das pessoas detidas se encontram já em liberdade, "devido à pronta intervenção, em grande parte dos casos, da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) e do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ)".

Estes protestos responderam ao apelo do segundo candidato presidencial mais votado Venâncio Mondlane que não aceitou os resultados das eleições de 9 de outubro por considerar que foi ele o vencedor, com 53 por cento dos votos, segundo o próprio disse.

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