O Consócio Eleitoral “Mais Integridade” e partidos políticos da oposição sugerem o alargamento do recenseamento eleitoral com vista às eleições autárquicas de Outubro face ao número excessivo de irregularidades denunciadas.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz que vai analisar as reclamações apresentadas para posterior tomada de decisão.
O Consórcio composto por sete organizações da sociedade civil e que tem estado a observar, no terreno, o desenrolar do recenseamento tem denunciado várias irregularidades, que, para Edson Cortes, não se justificam.
“Preocupam-nos os recorrentes casos de inscrição de eleitores provenientes de áreas de fora dos territórios municipais, bem assim os recenseamentos e impressões de cartões de eleitores feitos à calada da noite, alguns com comprovado envolvimento das chefias locais dos órgãos de administração eleitoral”, aponta Cortes.
A Renamo, o maior partido da oposição, também associa a sua voz à denúncia destas irregularidades, como o transporte da população de regiões não municipalizadas para se recensearem, o que para Venâncio Mondlane, constituem "ilícitos e crimes eleitorais".
O MDM, também na oposição, diz que "há manipulação do recenseamento para as eleições autárquicas" e aponta, segundo o seu presidente Lutero, a alegada distribuição desigual dos postos de recenseamento.
As denúncias foram encaminhadas aos órgãos de administração eleitoral, nomeadamente, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao Secretariado Técnico Eleitoral (STAE), que reconhecem que as denúncias são reais.
O presidente da CNE, Carlos Matsinhe, promete que o assunto será analisado em reunião dos órgãos eleitorais.
Face a estas situações, a CNE prepara-se para, dentro de dias, iniciar uma supervisão ao recenseamento em todo o país.
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