Reina, em todos os lados, uma enorme expectativa de ser feita a justiça no julgamento do famoso caso das dívidas ocultas, cujo início está marcado para segunda-feira, 23, em Maputo.
O Tribunal Supremo, através de João Beirão, Juiz Conselheiro, centra as expectativas, na forma como o tribunal deve conduzir o processo.
“Esperamos que se esclareçam as questões que estão lá no processo, que o processo corra da melhor maneira e que se faça justiça, de acordo com a Lei” disse Beirão, falando terça-feira à imprensa, na cidade da Beira.
Alfredo Magumisse é parlamentar e docente universitário. Para ele, esta é uma das fases que espera que seja de esclarecimento cabal e justiça para os moçambicanos.
“Esperamos que este julgamento esclareça esta questão, para que possa trazer, não só a transparência, mas a confiabilidade que os órgãos da justiça devem ter” disse Magumisse.
O primeiro Secretário do partido Frelimo, na cidade do Maputo, espera que não haja politização do caso e que a justiça, faça o seu papel.
“O nosso partido é pelo respeito pelo Estado de Direito e sua consagração, e o que nós esperamos é que os Tribunais, naturalmente, façam o seu trabalho” disse Razak Manhique, em entrevista à TV Sucesso, em Maputo.
Juiz Efigénio Baptista
Os 19 arguidos serão julgados por Efigénio Baptista, um juiz questiona por alguns sectores da sociedade civil por ser inexperiente em casos complexos e por um histórico de alegada má conduta.
Juiz de nível B, Baptista foi, por duas vezes, acusado e julgado, por ameaça e agressão. Foi condenado a cinco e três meses de prisão. À imprensa, ele disse que recorreu e uma das penas foi anulada.
Perante críticas, o juiz Baptista disse que é alérgico à corrupção.
Baptista, de 42 anos e natural de Luabo, na Zambézia, é formado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane. É juiz desde 2011.