A Primeira Dama dos EUA, Michelle Obama, visita a África do Sul, onde é esperada na noite de segunda-feira, para uma digressão de uma semana centrada numa mensagem de reforço da importância da juventude. Michelle visita África sem a companhia do seu marido num périplo que a levará também ao Botswana.
Momentos antes de embarcar rumo a África, Michelle Obama enviou uma mensagem à juventude de África: “Vou fazer esta viagem porque sabemos que África é parte fundamental do mundo interligado em que vivemos e no que diz respeito a enfrentarmos os desafios de hoje, quer seja a mudança climática, a pobreza ou a doença, o mundo tem os olhos nas nações africanas enquanto parceiros vitais e irá procurar através do continente da ajuda de jovens como vocês para ajudarem a abrir o caminho.”
Comentaristas internacionais afirmam que a visita da Primeira Dama americana surge numa altura em que os EUA buscam melhorar as relações com as principais potências económicas e políticas africanas quando se registam tensões sobre a sua política externa.
O presidente Jacob Zuma, da África do Sul, apelou para que a União Africana ajudasse a facilitar um cessar-fogo na Líbia e para que a NATO ponha fim à sua campanha militar naquele país.
O presidente Obama disse que, sem a intervenção da NATO na Líbia para defender as populações sob ataque do governo teria sido “uma traição” relativamente aos ideais americanos.
Mais recentemente, a jovem ala do ANC acusou o governo americano e outros de imporem um governo fantoche na Líbia para ter melhor acesso ao petróleo daquele país.
A maior parte dos títulos da imprensa sul-africana revolvem em torno não da chegada de Michelle Obama mas dos recentes comentários de Julius Malema, o líder da juventude do ANC, exigindo que o governo nacionalize as minas e os bancos na África do Sul naquilo que ele designa como uma revolução para reclamar a terra sem pagamento das mãos dos agricultores brancos sul-africanos.