O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) aceita um Governo de gestão ou de transição de seis a 12 meses com a missão de preparar novas eleições, de forma a pôr cobro ao que chama de fraude eleitoral de Outubro passado.
O porta-voz do MDM Sande Carmona disse à VOA que a proposta da Renamo de um Governo de cinco anos significa legitimar a fraude e reiterou não haver espaço neste momento para se colocar em causa da liderança de Daniz Simango.
Sande Carmona afirma que o MDM aguarda a decisão final do Conselho Constitucional sobre as eleições que considera ter sido uma fraude generalizada para tomar uma posição definitiva sobre o acto de 15 de Outubro.
O porta-voz afirma, no entanto, que a proposta da Renamo de um Governo de gestão de cinco anos não tem o apoio do seu partido.
Questionado se o MDM aceitar um Governo nos termos por ele definido, ou seja de transição, Carmona é claro "sim, porque desde a primeira hora dissemos que as eleições foram uma fraude".
Entretanto, à luz dos resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, o líder do MDM conseguiu 6,36 por cento dos votos para a Presidência da República, um resultado considerado aquém das espectativas por analistas e simpatizantes do partido.
Em determinados círculos questionou-se a liderança de Simango, ao ponto de a imprensa ter aflorado o nome do actual edil de Quelimane Manuel Araújo para a presidência do partido.
O porta-voz do MDM Sande Carmona diz que o partido funcionar por mandatos e garante esse problema não se coloca.