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Corredor do Lobito tem agora agência para facilitar trânsito entre RDC, Zâmbia e Angola


Angola Corredor do Lobito
Angola Corredor do Lobito

Em mais um passo para o fortalecimento do projeto do Corredor do Lobito, foi inaugurada esta quarta-feira a inauguração da sede da Agência Tripartida de Facilitação de Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito.

Corredor do Lobito tem agora agência tripartida - 3:55
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A inauguração ocorreu após a segunda reunião do seu Comité de Ministros, numa altura em que a República Democrática do Congo (RDC) e Zâmbia já falam em vantagens competitivas nos preços do transporte de minerais por via do Corredor do Lobito, em Benguela, mas empresários angolanos, em sentido inverso, queixam-se dos valores que pagam para a movimentação de materiais de construção civil e bens alimentares.

Das suas regiões mineiras até ao Porto do Lobito, de onde o cobre, o manganês e outros recursos seguem para a Europa, Américas e Ásia, a RDC e a Zâmbia percorrem até dois mil quilómetros de linha-férrea algo que poupa tempo e dinheiro aos países do interior.

O ministro dos Transportes da Zâmbia, Frank Tayal, disse que a redução do tempo de viagem e custos “permite mais circulação de bens”.

“Vamos fluir de forma eficiente para o Porto do Lobito, estimulando actividades económicas. É muito bom, imagino já os agricultores a transportar facilmente para mercados ocidentais”, adiantou o governante.

A República Democrática do Congo, movimentou já mais de 120 mil toneladas nos últimos meses.

Joe Biden visita o Corredor do Lobito, em Angola 2024.
Joe Biden visita o Corredor do Lobito, em Angola 2024.

O Governo angolano reitera que não quer o Corredor do Lobito só como veículo para o transporte de minerais dos minerais dos chamados países encravados, mas uma plataforma económica capaz de mexer com a agricultura, indústria transformadora, pescas e outros sectores.

Empresário queixa-se de altos custos

O problema é que os preços para a movimentação de mercadorias do Lobito até à província do Moxico, fronteira com a RDC, são considerados altos.

O empresário Hermes Cruz, do ramo dos cimentos, lembra que desistiu há poucos meses e sugere diálogo entre Governo, concessionário (LAR) e produtores de bens e serviços para o surgimento de uma zona franca.

“Se ainda alguns produtores… o dinheiro não chega a solução é uma zona franca para se facilitar o transporte, aumentar o escoamento, os impostos para o Estado e todos ganhavam”, sugere o industrial.

Um contentor, conforme levantamentos feitos pela VOA, pode custar entre 200 mil e 300 mil kwanzas.

Negócio "tem que ser sustentável e não pode ser subsidiado"

Abordado a propósito, o presidente do Conselho de Administração da Lobito Atlantic Railway, Francisco Franca, sublinha que são preços ajustados à realidade económica.

“São os preços normais do mercado, não podemos esquecer que precisamos de um negócio sustentável, fazemos manutenção de infraestruturas, do material circulante e garantimos condições de segurança. É o que se paga em outros países, nem mais, nem menos, por isso não podemos ter uma economia subsidiada, deve ser uma economia de mercado”, disse o gestor.

O concessionário, formado por três operadores europeus, recebeu recentemente mais de 270 vagões, o primeiro lote de meios rolantes adquiridos na África do Sul no âmbito do investimento dos Estados Unidos da América.

A Agência de Facilitação de Trânsito de Facilitação de Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito vai implicar a construção de portos secos, na Catumbela, para os produtos da RDC e Zâmbia.

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