As autoridades das Maurícias cancelaram a licença de operação como banco de investimento à companhia Alvaro Sobrinho Africa Ltd. do milionário angolano do mesmo nome.
A decisão foi tomada pela Comissão de Serviços Financeiros das Maurícias que contudo não deu qualquer razão pela sua decisão.
A decisão segue-se à demissão da Presidente das Maurícias, Ameenah Gurib- Fakim, que alegadamente fez uso, para gastos pessoais, de um cartão de crédito de uma organização não-governamental formada por Álvaro Sobrinho
A organização em causa é a ONG Planet Earth Institute e, segundo as alegações, Gurib-Fakin gastou 27.000 dólares na compra de jóias e roupa. A antiga presidente disse que os gastos foram feitos “inadvertidamente” e prometeu pagar a quantia.
Sobrinho mantinha também ligações estreitas ao antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, cujos investimentos eram feitos principalmente por companhias ligadas a Sobrinho. Pelo menos uma dessas companhias é sediada nas Maurícias.
O empresário angolano esteve também a ser investigado na Suíça por alegações de que terá beneficiado de centenas de milhões de dólares de dinheiro desviado do Banco Espirito Santo de Angola (BESA), que abriu falência no meio de um escândalo de irregularidades e desvios de fundos.
Sobrinho nunca foi, contudo, acusado formalmente de qualquer crime.
Desconhece-se se outras companhias pertencentes a Sobrinho e registadas nas Maurícias poderão ser afectadas pela decisão agora anunciada.
A licença de operação da Álvaro Sobrinho Africa Ltd. tinha sido concedida em Março do ano passado.