A polícia moçambicana disparou gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes, na manhã desta quinta-feira, 7 de novembro, em bairros da cidade de Maputo, onde está agendada a maior manifestação até agora contra as contestadas eleições de Outubro.
Jovens entrevistados pela VOA, em Maputo, criticaram a atuação das autoridades policiais, que acontece depois de o comandante geral, Bernadino Rafael, ter afirmado que a corporação não era contra manifestações.
A marcha de hoje é parte do movimento de contestação liderado por Venâncio Mondlane e o partido PODEMOS, alegando vitória na votação de 9 de Outubro.
Os resultados oficiais dão vitória a Daniel Chapo, do partido Frelimo, com mais de 70 por cento. Mondlane ficou em segundo, com pouco mais de 20 por cento.
Nas últimas Semanas, este movimento de contestação paralisa a cidade de Maputo, capital e principal centro de negócios.
Grupos de direitos humanos, citados pela Reuters, dizem que, pelo menos, 18 pessoas foram mortas na repressão policial aos protestos.
A sociedade civil moçambicana e observadores internacionais consideraram as eleições fraudulentas.
Na sequência, o Conselho Constitucional ordenou, esta semana, que a comissão eleitoral esclarecesse em 72 horas por que houve discrepâncias no número de votos contados nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais.
Várias personalidades, incluindo o ex-presidente Joaquim Chissano, têm estado a sugerir uma resolução pacífica da questão.
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