Líderes africanos e mundiais disseram que jamais irão deixar o Mali tornar-se num esconderijo de terroristas, um Estado falhado que muitos até chamam de “Afeganistão” no Sahel.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deu aval ao envio de uma força militar regional ao Mali no próximo ano para pôr cobro a persistente crise política na capital e ajudar as forças armadas malianas a reassumirem o controlo do norte do país actualmente em poder de milícias islâmicas associadas a al-Qaida.
2012 foi o ano em que homens armados assumiram o controlo do Mali. E esse domínio parece cada vez mais forte do que nunca – tanto no norte como no sul do país.
Analistas afirmam que a junta militar controlo os cordelinhos em Bamako, a capital. Os soldados que se tinham amotinado e derrubado o presidente eleito a 22 de Março, concluíram o ano forçando a demissão do primeiro-ministro e do seu governo em Dezembro.
Enquanto isso, as milícias islâmicas ligadas a al-Qaida controlam dois-terço do norte do país desde Abril. A sua brutal aplicação da sharia, é acompanhada de apedrejamentos e amputações. Cerca de meio milhão de pessoas fugiram do norte. Esse número poderá ser multiplicado por dezenas ou mesmo centenas ou milhares durante a aguardada intervenção militar prevista para o próximo ano.
Os líderes africanos obtiveram o apoio das Nações Unidas as operações militares que serão faseadas e englobando ao todo 3300 homens. Trata-se de uma força de contenção que em última instância poderá entrar em acção para apoiar as tropas malianas. A fase inicial vai ainda centrar-se em negociações e a restauração da ordem constitucional em Bamako.
O observador permanente da União Africana nas Nações Unidas, o embaixador António Tete, disse perante o Conselho de Segurança que o envio da força militar ao Mali é parte integral de um plano de três vias que inclui negociações e o reforço da transição política.
“Alguma percepção de falta de decisão em qualquer dessas vias, pode enviar uma mensagem errada aos terroristas e redes de criminosos, assim como a grupos armados que não se engajaram numa solução negociada, isso enquanto se prolonga o sofrimento da população civil e aumenta a ameaça regional e internacional a paz e segurança.”
A impaciência vai no entanto crescendo no Mali. As milícias étnicas do norte vão se treinando próximo das linhas de combate. Analistas dizem que a retomada dos combates no norte pode conduzir a guerra civil e a represálias sangrentas.
Os mesmos especialistas dizem que as forças armadas malianas não estão ainda prontas para a ofensiva.
A resolução do Conselho de Segurança aprovada a 20 de Dezembro, não estipulou o prazo para a operação militar.O Representante Especial das Nações Unidas para a região do Sahel, Romano Prodi disse que ela não será possível antes de Setembro de 2013.
“Qualquer esforço militar no Mali deve ter lugar após uma análise cuidada e com base na preparação, e esses esforços devem fazer parte de processo político acordado que aborde as vias do conflito.”
O director para África do Oeste do International Crisis Group, Gilles Yabi disse ser impossível conhecer o risco da espera, perante a necessidade de meses de preparação.Yabi questiona, se o tempo irá dar aos grupos armados – alguns deles com ligações conhecidas a al-Qaida – mais tempo para recrutar e treinar o pessoal que irá levar a cabo ataques fora do Mali? Será que não se deve agir o mais rápido possível? Mas ele diz também ser difícil determinar, masque a urgência não devia justificar decisões precipitadas. O tempo gasto em negociações pode isolar os terroristas da linha dura e conduzir a uma estratégia de intervenção que minimiza os riscos em relação a população civil.”
Jihadistas estrangeiros no norte do Mali ameaçaram levar a cabo ataques terroristas contra os países que contribuírem com tropas. Tentativas para derrotar os islamistas podem igualmente forçar os seus combatentes a transferirem o conflito para os países vizinhos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deu aval ao envio de uma força militar regional ao Mali no próximo ano para pôr cobro a persistente crise política na capital e ajudar as forças armadas malianas a reassumirem o controlo do norte do país actualmente em poder de milícias islâmicas associadas a al-Qaida.
2012 foi o ano em que homens armados assumiram o controlo do Mali. E esse domínio parece cada vez mais forte do que nunca – tanto no norte como no sul do país.
Analistas afirmam que a junta militar controlo os cordelinhos em Bamako, a capital. Os soldados que se tinham amotinado e derrubado o presidente eleito a 22 de Março, concluíram o ano forçando a demissão do primeiro-ministro e do seu governo em Dezembro.
Enquanto isso, as milícias islâmicas ligadas a al-Qaida controlam dois-terço do norte do país desde Abril. A sua brutal aplicação da sharia, é acompanhada de apedrejamentos e amputações. Cerca de meio milhão de pessoas fugiram do norte. Esse número poderá ser multiplicado por dezenas ou mesmo centenas ou milhares durante a aguardada intervenção militar prevista para o próximo ano.
Os líderes africanos obtiveram o apoio das Nações Unidas as operações militares que serão faseadas e englobando ao todo 3300 homens. Trata-se de uma força de contenção que em última instância poderá entrar em acção para apoiar as tropas malianas. A fase inicial vai ainda centrar-se em negociações e a restauração da ordem constitucional em Bamako.
O observador permanente da União Africana nas Nações Unidas, o embaixador António Tete, disse perante o Conselho de Segurança que o envio da força militar ao Mali é parte integral de um plano de três vias que inclui negociações e o reforço da transição política.
“Alguma percepção de falta de decisão em qualquer dessas vias, pode enviar uma mensagem errada aos terroristas e redes de criminosos, assim como a grupos armados que não se engajaram numa solução negociada, isso enquanto se prolonga o sofrimento da população civil e aumenta a ameaça regional e internacional a paz e segurança.”
A impaciência vai no entanto crescendo no Mali. As milícias étnicas do norte vão se treinando próximo das linhas de combate. Analistas dizem que a retomada dos combates no norte pode conduzir a guerra civil e a represálias sangrentas.
Os mesmos especialistas dizem que as forças armadas malianas não estão ainda prontas para a ofensiva.
A resolução do Conselho de Segurança aprovada a 20 de Dezembro, não estipulou o prazo para a operação militar.O Representante Especial das Nações Unidas para a região do Sahel, Romano Prodi disse que ela não será possível antes de Setembro de 2013.
“Qualquer esforço militar no Mali deve ter lugar após uma análise cuidada e com base na preparação, e esses esforços devem fazer parte de processo político acordado que aborde as vias do conflito.”
O director para África do Oeste do International Crisis Group, Gilles Yabi disse ser impossível conhecer o risco da espera, perante a necessidade de meses de preparação.Yabi questiona, se o tempo irá dar aos grupos armados – alguns deles com ligações conhecidas a al-Qaida – mais tempo para recrutar e treinar o pessoal que irá levar a cabo ataques fora do Mali? Será que não se deve agir o mais rápido possível? Mas ele diz também ser difícil determinar, masque a urgência não devia justificar decisões precipitadas. O tempo gasto em negociações pode isolar os terroristas da linha dura e conduzir a uma estratégia de intervenção que minimiza os riscos em relação a população civil.”
Jihadistas estrangeiros no norte do Mali ameaçaram levar a cabo ataques terroristas contra os países que contribuírem com tropas. Tentativas para derrotar os islamistas podem igualmente forçar os seus combatentes a transferirem o conflito para os países vizinhos.