Malam bacai Sanhá teve várias intervenções no sentido de uma reconciliação efectiva entre os guineenses. Herdava, ao chegar à presidência, em 2009, um país saído de resquícios de assassinatos políticos: mortes de Nino Vieira, Tagme na Way, Baciro Dabo e Hélder Proença.
A sua inteligência e maturidade política fizeram-na uma figura que ajudou, de certa maneira, a garantir a estabilidade institucional, pelo menos. Soube gerir as crises, apesar dos seus então detractores, entendiam contrario, ou seja de ter deixado tudo a andar.
Mas, para muitos agiu em nota alta. Nota alta teve também na gestão do caso 1 de Abril, onde a razão da forca falava mais alto. E prestação negativa, neste caso, em concreto, teve no dossier da União Europeia, processo em que a diplomacia ficou dominada pelo nervosismo.
Mas foi com calma que enfrentou a doença que lhe viria a tirar a vida, tendo dito aos jornalistas que era preciso "confiar em Deus" e que, se algo acontecesse "há regras na Cosntituição" para definir o seu substituto.
Malam Bacai Sanhá era tido como uma personalidade muito ponderada e que valeu durante o período de transição, conseguindo gerir um contexto politicamente tenso, mas agora com um futuro enigmático.
Em Setembro de 2009, precisamente no dia 8, Malam Bacai Sanha foi investido no cargo de Presidente da Republica, numa eleição antecipada, em consequência do assassinato do ex-Chefe de Estado, João Bernardo Vieira “Nino”. Face a Kumba Yala, na segunda volta, em Julho, Bacai Sanha vencia com 63% dos votos:
Três meses depois, em Setembro, Malam Bacai Sanha tomou posse como Chefe de Estado, perante vários Chefes de Estado convidados e personalidades estrangeiras, diplomatas, políticos guineenses, sociedade civil, e a população.