O presidente da Renamo, na oposição em Moçambique, acusou o Governo de organizar "manobras dilatórias" no recenseamento para vencer as eleições gerais e exigiu a demissão do director-geral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
Numa teleconferência a partir da serra da Gorongosa, Ossufo Momade afirmou ser “claro que ao organizar estes esquemas fraudulentos, a Frelimo pretende perpetuar-se no poder de forma ilícita e ilegítima".
Para o presidente da Renamo, as alegadas irregularidades colocam em causa o "direito legítimo e constitucional que assiste aos moçambicanos de serem eleitos e elegerem os seus representantes".
Entre elas, Momade aponta o "inicio tardio deliberado" do recenseamento eleitoral, particularmente nas províncias do centro e norte do país, onte a Renamo tem uma maior implantação.
A Renamo exige ainda a demissão imediata do director-geral do STAE, Felisberto Naife, por não estar a "defender os interesses mais nobres" dos cidadãos.
Há algumas semanas, a Renamo pediu a extensão do recenseamento eleitoral alegadamente para que todos os potenciais eleitores fossem registados, mas o STAE descartou essa possibilidade.
Para as eleições gerais de 15 de Outubro, estão previstos recensear sete milhões de eleitores, mas até o passado dia 26 o STAE tinha recenseado 73 % daquele objectivo.