Com as portas dos templos encerradas há quase quatro meses, líderes religiosos e fieis contam o tempo e com ansiedade aguardam pela luz verde do Governo moçambicano para o reencontro em comunhão.
Nas últimas semanas, desdobraram-se em lobbies junto do Executivo, as confissões religiosas estavam quase certas de ter conseguido convencer o Governo que os templos não seriam focos de contaminação, mas, foi com uma sensação agridoce que ouviram da última comunicação do Chefe de Estado, que, afinal, ainda terão de esperar.
“A expectativa era grande porque fomos induzidos para isso mesmo e a ansiedade, também, era grande porque os locais de culto estão parados há bastante tempo, então a ansiedade dos crentes era grande”, explico a Sheik Aminudin, um dos líderes da comunidade muçulmana no país.
A Igreja Católica também aguarda com alguma ansiedade a reabertura das igrejas para cultos presenciais e diz que estar pronta para cumprir com todos os protocolos sanitários que visem salvaguardar a saúde dos crentes e da sociedade.
“A Igreja Católica tem as suas características do jeito como está estruturada, formada, os seus templos, seus rituais, e nós como líderes da Igreja Católica estamos seguros de que mesmo começando agora, teríamos a responsabilidade de garantir que ocorresse da melhor forma”, garante Dom Juliasse Sandramo, bispo auxiliar da Diocese de Maputo.
Apesar das expectativas, de certa forma frustradas com a recente comunicação de Filipe Nyusi, quer os católicos, quer os islâmicos e outras denominações religiosas, dizem compreender que a situação atual da propagação da pandemia exige muita cautela, tanto mais que, nem todas as confissões religiosas podem cumprir com o protocolo exigido.