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Há "esquadrão da morte" na policia nacional?


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Comandante "Bety" nega execuções sumárias e vai processar "Mãos Livres"

A associação de advogados "Mãos Livres" denunciou a execução de sete jovens no município do Cacuaco, por parte da policia de Luanda.

A comandante da polícia de Luanda Elizabeth Ranque Franque em reacção refutou a acusação dizendo que se tratava de quatro jovens marginais que na tentativa de assaltar uma viatura, dois deles tinham sido alvejados por um militar.

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Elizabeth Ranque Franque ameaçou inclusive processar judicialmente a associação Mãos Livres por difamação e calunia.

Salvador Freire da Associação Mãos Livres insiste em afirmar que os jovens terão sido executados pela polícia.

“Tem aparência de ser execução sumaria porque apareceu um dos jovens com algemas, quem usa algema é a polícia, ou a polícia venha a público dizer que não são algemas da polícia”.

Alguns dos argumentos de razão da Associação Mãos Livres que alega haver muitas contradições nas alegações da comandante da polícia de Luanda.

“A contradição da comandante da policia parte de que os jovens vinham de motorizada, e uma pessoa algemada não conduz motorizada nem pode se quer vir rebocado”.

Outro ponto que na visão da Associação Mãos Livres é estranho é o porque da policia não apresentar o suposto homicida.

“Que apresente tal homicida, o individuo o tal militar que assassinou, que o comando provincial da polícia alega”.

Salvador Freire diz temer pela sua vida.

“Nós estamos preocupados com as nossas vidas também porque isso não vai cair bem para a polícia nacional mas é o nosso trabalho”.

Quanto ao processo que a polícia pretende instaurar contra a associação, que venha diz Freire.

“Nós estamos preparados, estamos a aguardar que nos notifiquem, nos processem, nós vamos apresentar os nossos argumentos”.

O porta-voz da associação Mãos Livres repudiou a postura dos órgãos de informação pública, pela falta do contraditório.

“Nós já estamos a ser julgados pela imprensa pública: a rádio nacional, a TPA e outros órgãos, não houve o contraditório, não há contraditório no país”.
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