O Presidente de Angola João Lourenço reconheceu as enormes dificuldades por que passa o ensino superior no país e recordeou, entre outros pontos, o facto de existir “uma situação de grande procura bem superior à capacidade de oferta de universidades e institutos superiores”.
Em resposta, o Sindicato dos Professores do Ensino Superior volta a ameaçar com uma possível greve para protestar contra a falta de condições de ensino.
Ao discursar nesta segunda-feira, 26, em Saurimo, na cerimónia que marca o início do ano lectivo no ensino superior, o Chefe de Estado angolano fez notar que, apesar dessa procura, o número de estudantes com idade para frequentarem o ensino superior "continua muito aquém dos valores recomendados pela União Africana”.
João Lourenço disse existir também “um défice gritante de docentes qualificados” para leccionarem neste nível de ensino.
Entretanto, o Sindicato dos Professores do Ensino Superior, através do seu presidente Carlinhos Zassala, a sua organziação pediu um encontro com Lourenço, mas sem sucesso.
Os professores, disse, continuam sem condições de trabalho e há falta de incentivos para ensinarem.
Para Zassala, essa realidade “poderá dificultar o início do ano académico".