O Presidente angolano João Lourenço determinou a extinção do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), a começar pela exoneração do seu director, Manuel Rabelais.
O decreto presidencial publicado na segunda-feira, 16, determinou a transferência de todos os processos e procedimentos de apoio técnico e operacional para a Secretaria para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República.
Entretanto, o jornalista Rafael Marques diz que o GRECIMA constituiu-se numa estrutura “através da qual os fundos dos Estado eram atribuídos aos filhos do antigo Presidente de Angola”.
No discurso que pronunciou na segunda-feira na Assembleia Nacional, o Presidente assumiu o compromisso de acabar com os monopólios, apontando o caso do fabrico do cimento que é detido pelas empresas de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.
João Lourenço disse que vai submeter à Assembleia Nacional a aprovação da lei da concorrência por considerar que as imperfeições do mercado existentes na economia angolana, como os monopólios, têm consequências negativas na vida dos consumidores.
Segundo Lourenço, em função desta concorrência desleal, os preços do cimento no mercado dispararam devido à paralisação de duas unidades fabris.
Rafael Marques considera que o Presidente “não pode agir de outra forma sob pena de ser visto como uma extensão do consulado de José Eduardo dos Santos”.
