Personalidades moçambicanas lamentam a morte, hoje, de Dom Jaime Gonçalves. O religioso fará muita falta, dizem.
Raúl Domingos, presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, diz que conheceu pessoalmente Dom Jaime Gonçalves em Roma, em 1990.
Domingo realça que como mediador, Dom Jaime ajudou bastante nos esforços para se alcançar a paz e na construção de confiança entre os antigos beligerantes, durante as negociações que tiveram lugar na capital italiana.
Para Domingos, sem Dom Jaime Gonçalves, o país fica órfão de um dos seus melhores filhos.
Recorde-se que Domingos chefiou a delegação da Renamo às conversações que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em Roma, em 1992.
Benedito Marime, leigo católico e amigo pessoal de Dom Jaime Gonçalves, está chocado.
No seu entender, foi-se um gigante da paz. Culto, inteligente, corajoso, frontal, apenas alguns dos adjectivos dos quais o leigo católico entrevistado pela VOA se socorre para descrever a figura de Dom Jaime Gonçalves, uma pessoa que, "vai fazer muita falta."
A VOA ouviu ainda Mia Couto, escritor moçambicano, dos mais conhecidos a nível mundial. Mia Couto mostrou-se consternado e também é de opinião que Dom Jaime Gonçalves vai fazer falta a Moçambique.