Angola versus Costa do Marfim
A queda de Laurent Gbagbo foi acolhida com receios em Luanda. Muitos temem uma relação difícil entre as duas capitais agora com a subida ao poder de Alassane Ouattara.
Luanda ainda não se pronunciou sobre a mudança de regime na Costa do Marfim, apesar de sempre ter defendido Gbagbo como presidente constitucional e a via do diálogo como a solução da crise pós eleitoral.
O docente universitário e jornalista Celso Malaveludeque e o activista político Luís Gimo fazem uma leitura contextualizada do relacionamento entre Angola e a Costa do Marfim.
Para Celso, “Luanda apostou no cavalo errado” ao ter optado por apoiar abertamente Laurent Gabgbo, mas considera que as relações Estado-a-Estado irão manter-se, não obstante esses erros de percurso, dado que há interesses comuns entre aquelas duas nações africanas.
Por seu lado, Luís Gimo aproveita a oportunidade para sublinhar a necessidade de uma reflexão sobre a sucessão dos líderes políticos em África, considerando que esse debate é urgente.
Gimo diz que o “day after” (o amanhã) para um chefe de Estado que abandona o poder no fim do seu mandato condiciona a vida política e o comportamento ético dos líderes africanos com reflexos negativos para os respectivos povos.
Clique na barra acima para ouvir o debate integral, numa mesa redonda com Panguinho de Oliveira