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Insurgentes matam e retiram órgãos em Cabo Delgado


Vilas estão desertas na província moçambicana
Vilas estão desertas na província moçambicana

Os grupos de insurgentes que têm atacado aldeias no norte da província moçambicana de Cabo Delgado podem ter alargado as suas acções a tráfico de órgãos humanos, depois das recentes vitimas terem sido encontradas sem partes do corpo, denunciaram nesta quarta-feira, 3, vários moradores.

Os militantes atacaram na madrugada a aldeia de Maculo, em Mocímboa da Praia, decapitaram duas pessoas a quem retiraram vários órgãos, uma prática recorrente nos últimos ataques, confirmou à VOA um morador local.

Outra testemunha contou que, na semana passada, três mulheres foram encontradas sem gargantas e órgãos genitais, após um ataque no distrito de Meluco, na região central da província de Cabo Delgado, uma zona atingida pela primeira vez desde a eclosão da insurgência em Outubro de 2017.

“Extraem os órgãos e esquartejam o corpo em três, quatro até cinco pedaços e não sabemos qual é o objectivo”, disse à VOA outro morador na condição de anonimato, acrescentando ter testemunhado dois casos perto do distrito de Palma.

As mesmas fontes acrescentaram que várias aldeias, a norte de Cabo Delgado, continuam “sem vida”, depois de terem sido devastadas por ataques de grupo de insurgentes, que foram intensificados nos últimos meses e alargados a região central da província.

Por outro lado, a petrolífera norte-americana, Anadarko, ainda não retomou as suas actividades na península de Afungi, desde que a sua caravana de carros foi atacada a 21 de Fevereiro, quando seguia para o distrito de Palma.

A VOA tentou sem sucesso ouvir a reacção das autoridades governamentais em Cabo Delgado.

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