Inquérito revela situação económica difícil das famílias angolanas nos próximos 12 meses. Para falar sobre o assunto, ouvimos o Padre Pio Wakussanga, os economistas Wilson Chimoco e Carlos Rosado de Carvalho.
A situação económica de Angola e das famílias piorou nos últimos doze meses, sobretudo com o aumento do desemprego e dos preços dos bens e serviços, assim revela o indicador de confiança do mais recente inquérito divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística angolano.
Segundo o inquérito de conjuntura do consumidor referente ao terceiro trimestre de 2024, a maioria dos entrevistados, numa amostra de 3.000 famílias das 18 províncias angolanas, perspectivam um aumento dos preços dos bens e serviços nos próximos 12 meses.
Segundo dados, há seis semestres consecutivos que o indicador de confiança dos consumidores em Angola mantém a tendência decrescente, realçando o baixo grau de optimismos das famílias angolanas, refere o estudo.
De acordo com o inquérito, influenciou negativamente o grau de optimismo das famílias angolanas a previsão de aumento de desemprego, as baixas expectativas relacionadas com a situação económica do país e financeira das famílias nos próximos 12 meses, bem como a situação económica atual dos agregados.
Os agregados familiares, quando questionados se na actual situação económica do país acham possível poupar dinheiro, 22% disseram que sim, uma queda de 0,9 pontos percentuais em comparação ao trimestre homólogo.
O Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, anunciou no final do ano passado um conjunto de medidas estratégicas para estimular a economia angolana e combater a inflação durante o presente ano.
Entre as iniciativas, destaca-se uma linha de crédito de 15 mil milhões de kwanzas para o sector agropecuário, visando aumentar a produção interna e garantir a segurança alimentar.
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