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Imprensa moçambicana segue atentamente eleições no Zimbabué


As eleições no Zimbabué têm sido seguidas com muita atenção em Moçambique por causa das suas implicações caseiras.

A imprensa moçambicana destaca as eleições realizadas quarta-feira no Zimbabwe, realçando que apesar da relativa calma registada em todo o país, o escrutínio ficou marcado por várias irregularidades, entre as quais a falta de boletins de voto e de cadernos eleitorais.

Com o título: Longas filas para eleger Presidente, o jornal O País diz que cerca de 6,4 milhões de zimbabueanos escolheram ontem, o próximo Presidente da República, entre o veterano Robert Mugabe, o Primeiro-Ministro Morgan Tsvangirai e três outros candidatos. Mas para o jornal, estas eleições são consideradas uma confrontação directa entre Mugabe e Tsvangirai.

As eleições zimbabueanas merecem também destaque na edição desta quinta-feira, do Jornal Notícias, que diz que os zimbabueanos votaram num ambiente de muita tranquilidade e serenidade, sublinhando que mesmo debaixo de uma temperatura a rondar os oito graus centígrados, os eleitores foram às urnas em eleições harmonizadas entre presidenciais, parlamentares e municipais, as primeiras desde a aprovação da nova Constituição da República, em Março deste ano. Entretanto, o Notícias refere-se à detenção de Morgen Komiche, um dos homens fortes do gabinete eleitoral do MDC, por alegada fraude e contravençao.

O Jornal Zambeze faz também referência às eleições de ontem no Zimbabué, que, segundo observadores, apesar da relativa calma registada em todo o país, a votação ficou manchada com caos e confusão, devido á falta de boletins de voto, cadernos eleitorais e de nomes de eleitores nos cadernos eleitorais, entre outras irregularidades. A região de Matabeleland foi a que registou a maior parte dessas irregularidades, segundo a imprensa moçambicana.

A Rádio Moçambique também tem destacado nos seus noticiários de hora a hora as eleições zimbabueanas, salientando que os zimbabueanos foram ás urnas em massa, em eleições presidenciais, com acusação de fraude, a favor do presidente Robert Mugabe. Tais acusações foram feitas pelo primeiro-ministro Morgan Tsvangirai.
Para a comunicação social moçambicana, estas eleições são cruciais para o futuro do Zimbabwe, não só do ponto de vista económico, como também político-social, sobretudo se as mesmas resultarem em mudanças significativas.

Ramkos Miguel, VOA-Maputo
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