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Imprensa cala-se por 24 horas na Guiné-Bissau na quinta-feira


Instalações destruídas da Rádio Capital FM, Guiné-Bissau
Instalações destruídas da Rádio Capital FM, Guiné-Bissau

Os órgãos da comunicação social na Guiné-Bissau vão paralisar as suas atividades, a partir desta quinta-feira, durante 24 horas, em protesto contra a vandalização da Rádio Capital FM, no passado dia 26 de Julho.

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A paralisação visa também instar as autoridades a prosseguirem com as investigações com vista a responsabilizar os seus atores.

Em entrevista à VOA, a presidente do Sindicato de Jornalistas e Trabalhadores da Comunicação Social (SINJOTCS), Indira Correia Baldé, assegura que a sua organização quer, com o protesto, alertar a sociedade para a necessidade de atos de género não voltarem a repetir e que nenhum jornalista seja perseguido.

“O Sindicato de Jornalistas decidiu, para a próxima quinta-feira, fazer uma paralisação geral de todos os órgãos da comunicação social do país, em protesto ao ato que aconteceu com a Rádio Capital”, reitera Baldé.

Os diretores da Rádio Sol Mansi, Casimiro Jorge Cajucam, e da Rádio Jovem, Lassana Fati, confirmaram a paralisação para "salvar" a democracia e a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau.

“Temos que colaborar porque a democracia e a liberdade de expressão estão em causa e a Rádio Jovem está disponível em paralisar, desde que seja a decisão do sindicato de Jornalistas, dando a nossa contribuição para a democracia e a nação guineense”, assegura Fati.

Por seu lado, Cajucan afirma condenar “sem reserva aquilo que aconteceu com a CFM porque hoje foi com a Capital e amanhã pode ser com a Radio Sol Mansi ou com qualquer rádio do país”.

As instalações da Rádio Capital FM, uma estação privada com sede em Bissau, foi assaltada na madrugada do dia 26 de julho por homens armados não identificados que trajavam uniformes da Guarda Nacional e que destruíram equipamentos e deixaram praticamente em ruína os estúdios e instalações da estação.

O ataque foi condenado por vários setores, do Governo à oposição, do sindicato e ordem dos jornalistas a organizações não governamentais, como o Comité de Proteção dos Jornalistas, e pelo P5, o grupo integrado pela CEDEAO, a União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, União Europeia e Nações Unidas.

A Rádio Capital FM é parceira da VOA e transmite a emissão em português.

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