Os Bispos Católicos de Angola apresentaram uma proposta para se tentar ultrapassar o impasse criado em torno do plano governamental para eleições autárquicas graduais.
Na última semana a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, CEAST, afirmou numa declaração rejeitar a noção do gradualismo territorial proposto pelo governo afirmando que isso “não respeita o princípio de igualdade e universalidade”.
A nota da CEAST, assinada pelo seu vice-presidente e porta-voz, Dom José Manuel Imbamba defende que não se justifica que se façam autarquias locais em alguns municípios e noutros não.
Aquele órgão da Igreja Católica sugere que “ao invés de existir o gradualismo geográfico, poderiam ser criadas autarquias supramunicipais e a medida que se forem criando condições, as mesmas libertar-se-iam de forma gradual e se constituíam em autarquias municipais”.
Por outro lado o coordenador do Observatório Eleitoral Angolano (OBEA), Luís Jimbo disse que as eleições autárquicas devem se realizar com o objectivo de eleger verdadeiros representantes locais e não dar mais poder aos partidos políticos.
Jimbo disse que as eleições autárquicas devem ser uma volta a alertar a classe política angolana no sentido de que a instituição das autarquias seja uma forma de transferir “efectivamente” o poder para as comunidades locais e não uma oportunidade para os partidos aumentarem a sua influência e implantação.
O responsável social disse que continuar-se na via de dar poderes aos partidos políticos “o país vai queimar mais de 20 anos para depois concluir que o que fez não construiu democracia, não promoveu reconciliação nacional nem desenvolve