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Huíla: Sindicato debate impacto da crise financeira nos professores


João Francisco, Presidente do Sindicato dos Professores na provincia da Huíla, Angola
João Francisco, Presidente do Sindicato dos Professores na provincia da Huíla, Angola

Queda no poder de compra e atrasos salariais estarão em debate.

O Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) analisa amanhã, no Lubango, na Huíla, o actual quadro macroeconómico e o seu impacto na vida dos docentes.

O aumento do custo de vida e a aparente incapacidade do Governo em pôr um travão à crise financeira e económica actual é conversa diária entre os habitantes da província da Huíla.

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Numa altura em que arrancou o ano lectivo de 2016, o secretário provincial do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof), João Francisco, diz que o actual momento económico provocou um clima de total desânimo entre a classe.

Francisco fez notar que muitos professores não conseguem pagar as matrículas dos seus filhos.

“Até a este momento alguns pais não confirmaram as matrículas por falta de dinheiro, imagine como conseguir dinheiro para comprar o material escolar?", perguntou Francisco, atribuindo essa situação à desvalorização do kwanza.

O actual quadro macroeconómico e o seu impacto na vida dos professores devem dominar a reunião do conselho provincial do Sinprof que se realiza amanhã no Lubango.

O encontro vai analisar igualmente o atraso que se assiste no pagamento dos ordenados referentes ao mês de Janeiro, num ano lectivo em que o governador da Huíla João Marcelino Tchipingui decretou tolerância zero dos professores ao absentismo.

“É o governante que diz tolerância zero ao absentismo e é ele que cria condições para que haja absentismo”, acusou o dirigente sindical.

A reunião de amanhã pode provocar uma assembleia geral dos afiliados no Sinprof.

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