O ensino básico e médio em Luanda necessita de mais de três mil professores para o ano lectivo 2016, mas as autoridades não podem contratar mais docentes porque o concurso público está fechado, apesar do aumento do número de alunos.
O sindicato da categoria avisa que, por este caminho, a educação em Angola é uma cantilena de mendigos.
O concurso para a entrada de mais professores foi cancelado em 2015.
No entanto, o director provincial da Educação de Luanda, André Soma, revela haver falta de 3.644 professores para o ensino básico e médio apenas em Luanda.
Apesar da falta de professores, Soma disse ainda que haverá mais 300 salas de água.
Para Manuel de Victoria Pereira, vice-presidente do Sindicato dos Professores, (Sinprof), o sector de educação em Angola foi sempre visto como uma cantilena de mendigos.
Pereira diz esperar que este ano sejam resolvidos vários problemas existentes a nível do ensino, em particular o pagamento de cerca de 16 mil milhões de kwanzas que o Estado deve aos professores antigos.
O sindicalista apela ainda que se dê prioridade ao ensino e lamenta o valor atribuído ao sector no Orçamento Geral do Estado para 2016
“Foi muito controversa a prioridade que se deu ao sector” disse
Com um défice de quase quatro mil professores e mais 300 salas de aula novas, o ano lectivo em Luanda pode ser muito difícil, tanto para as autoridades, como para os professores e alunos.