Associações camponesas na Huíla queixam-se do atraso na cedência dos créditos agrícolas anunciados pelo Governo para a campanha agrícola de 2015.
Numa altura em que as chuvas já se fazem sentir com regularidade, os agricultores receiam que o atraso na cedência dos créditos possa comprometer os resultados da campanha.
A localidade do Cue II, no município de Caconda, no norte da província, foi uma potência na produção sobretudo de cereais no passado, mas Francisco Pedro diz que a recuperação do estatuto de região agrícola passa pelo crédito agrícola.
“Antigamente, esta área fornecia milho quase a nível nacional, mas hoje o camponês não consegue fazer uma produção, porque neste momento ninguém tem meios”, lamentou Pedro.
Julieta José, da Cooperativa 4 de Fevereiro em Caluquembe, diz que apesar do seu potencial agrícola, o município carece de fertilizantes porque o solo atingiu a saturação.
“Mas lá dentro de Caluquembe precisamos de fertilizantes porque aquela terra já está a ser velha para as nossas sementeiras se produzirem mais”, disse.
Os problemas relacionamentos com o atraso do crédito agrícola foi levantado Encontro Nacional das Comunidades recentemente realizado na cidade do Lubango.
O director geral da ADRA, Belermino Jelembr,i disse na altura que se em Novembro o crédito não for disponibilizaro, “muito dificilmente ele pode cumprir a sua função de apoio à campanha agrícola porque grande parte dos nossos agricultores funcionamna base das chuvas e isso tem tempo”.
O vice-governador da Huíla para a esfera económica e produtiva, Sérgio da Cunha Velho, admite que a cedência dos créditos deve ser mais rápida, mas apela para a necessidade de organização das cooperativas agrícolas.