Em Nampula, alguns cidadãos estrangeiros reclamam a existência de funcionários do serviço provincial de migração que pedem dinheiro para flexibilizar a emissão de documentos.
O comerciante somaliano Abshir, residente desde 2007, disse que para adquirir rapidamente um documento é necessário ‘’ fazer bolada’’ (subornar) com alguns funcionários, caso contrário a pessoa é obrigada ir várias vezes à instituição.
‘’Com este problema de corrupção, chegamos a pagar duas vezes mais em relação ao valor do documento”, denunciou.
Flavia Eva Maquizine, porta-voz da Migração, reconhece a existência de focos de corrupção na instituição e avança que dois funcionários respondem disciplinar e criminalmente por tal prática.
Estes indiciados, diz Maquizine, permitiram a entrada de um cidadão com visto falso.
Esta situação acontece numa altura em que tende a aumentar em Nampula a entrada clandestina de estrangeiros, particularmente oriundos da Somália, Senegal, Mali , Tanzânia, Etiópia ,Nigéria e Guiné-Conacri.
Fontes da VOA indicam que cerca de 16 cidadãos estrangeiros estão sob custódia das autoridades migratórias por entrada na província de Nampula, sem documentação para o efeito.
Neste momento decorrem processos para o seu repatriamento.