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Guineenses radicados em Cabo Verde acompanham "com preocupação" situação no seu país


Guineenses em Cabo Verde (Foto de Arquivo)
Guineenses em Cabo Verde (Foto de Arquivo)

Muitos apontam a falta de diálogo franco como uma das causas da crise política na Guiné-Bissau

Cidadãos guineenses constituem a maior comunidade de imigrantes em Cabo Verde e dizem acompanhar com muita atenção e preocupação mais um capítulo da crise política no seu país, agora com a dissolução do Parlamento pelo Presidente, Umaro Sissoco Embaló, e a marcação de eleições legislativas para 18 de Dezembro.

Em conversa com a VOA, muitos apontam a falta de diálogo franco e assunção por parte de cada actor político do cumprimento escrupuloso da Constituição, situação que, segundo eles, vem impedindo o normal funcionamento das instituições e o desenvolvimento da Guiné Bissau.

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Idrissa Djaló, da Associação dos Guineenses, considera que a dissolução do Parlamento e a realização de novas eleições não vão resolver o problema, tendo em conta que quem ganha dificilmente consegue governar.

"Eu penso que as instituições não funcionam na Guiné-Bissau e a responsabilidade é assacada a todos, partidos políticos, Governo, Presidente da República", sustentaaquele líder associativo.

Já Ivandro Gomes, da Associação de Resiliência Guineense, radicado na ilha do Sal, afirma que a posição assumida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, não constitui surpresa para ele, devido à forma como iniciou a sua Presidência.

"Este último acontecimento é o culminar daquilo que tem acontecido desde a forma como o PR tomou posse fora do Parlamento, como vários atropelos até agora, pelo que penso que o que aconteceu agora constitui estranheza", sublinha.

Por sua vez, Saulo Quantcham, da Associação dos Estudantes Guineenses em Cabo Verde, lamenta mais esta situação que, na sua óptica, vem agudizar ainda mais a crise política na Guiné-Bissau.

"Estamos muito tristes com a situação política que se arrasta faz tempo, o que que só contribui para manchar a imagem do país, dificultar o normal funcionamento das instituições e o processo de desenvolvimento, pelo que apelamos ao bom senso e diálogo construtivo", defende Quantham.

A decisão de dissolver o Parlamento, demitir o Governo e marcar eleições legislativas para 18 de Dezembro foi anunciada pelo Presidente no passado dia 16.

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