O título conduz ao debate de momento na Guiné-Bissau, país mergulhado numa crise politica.
Remna é guineense e através da música junta-se aos que querem dias melhores no seu país.
“No meu novo trabalho falo muito de política, mas não de uma forma radical. Sempre escrevi de uma forma poética.” diz o artista que herda a música do seu pai, o legendário José Carlos Schwarz.
Desse novo trabalho, Remna já colocou no mercado digital o tema “Nha balanta”, descrito “hipnótico e arrasador” e baseado na expressão guineense kussundé.
Ele diz que pretende, sem ser demagogo, transmitir através da música, a sua visão sobre a situação da Guiné-Bissau, onde “temos líderes que dão costas ao que os antigos combatentes fizeram”.
Remna não se limita a criticar. Espera ver mudanças.
“Nós todos estamos à espera disso. Queremos que todas que as necessidades imediatas da população sejam respeitadas; que vire um país que não fale mais de corrupção. Não pode continuar assim”.
Para Remna, a música é um importante veículo de comunicação.
"Eu não pretendo ser o mais inteligente ou mais talentoso, estou só a tentar a partilhar uma forma de ser; a música tem de ser uma coisa sincera,” diz.
Ele procura “ser o mais sincero possível com o público e não fazer a coisa só pelo dinheiro”.
Mas “infelizmente temos muitos jovens que entram nesta onda por ser ´fixe´ e acabam tendo uma linguagem musical muito fácil” para conquistar o público.
Acompanhe a entrevista: