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Governo tem que aumentar gastos sociais para cumprir palavras de João Lourenço, defendem líderes sindicais


Hospital Provincial de Malanje, banco de urgência
Hospital Provincial de Malanje, banco de urgência

Especialistas e líderes sindicais angolanos consideram o aumento do orçamento para o sector social de até 20% do Orçamento Geral do Estado (OGE), contra os actuais 6 ou 7%, como a chave para o país vencer os desafios apontados pelo Presidente da República no seu discurso de fim de ano.

João Lourenço anunciou sua mensagem de fim de ano que seu Governo vai “investir cada vez mais” na saúde e na educação com o argumento de que “só um povo educado e saudável pode competir e superar com êxito os enormes desafios que o mundo nos impõe a todos os níveis”.

Guilherme Silva, presidente do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof), diz que não acredita nas promessas do Presidente da República por entender que bastava olhar para o orçamento que o Governo atribui à educação para se perceber o desprezo que é dado ao sector.

“A fatia orçamental está aquém daquilo que o Governo rubricou com as instituições internacionais que é de 20% do OGE ou 6% do Produto Interno Bruto (PIB)”, lembra aquele sindicalista para quem “o que o Governo quer é que os professores vivam na miséria e se acostumem com os míseros salários”.

O médico pediatra, Luís Bernardino aponta a formação de pára-médicos, a investigação científica e um melhor salário para a classe, como os grandes desafios que se colocam ao sector da saúde.

Aquele especialista considera a municipalização da saúde, ao invés da construção de grandes hospitais , “o caminho para se fazer a ligação entre a medicina comunitária e a medicina hospitalar”.

O secretário-geral da UNTA-Confederação Sindical, Joaquim Laurindo manifesta-se a favor do investimento na educação e na saúde e também aponta como ponto de partida a revisão do orçamento para o sector, o recrutamento de mais de 30 mil professores e especialistas de saúde.

“Se os orçamentos para os dois se situarem entre 15% e 16% , essa intenção do Presidente da República pode-se concretizar a médio prazo” , disse, Joaquim Laurindo.

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