Os enfermeiros da província angolana de Luanda deram ao Ministério da Saúde uma moratória de 60 dias para satisfazer as reivindicações da classe, durante uma assembleia geral realizada no fim-de-semana.
Responsáveis do Gabinete provincial de Saúde de Luanda terão assumido o compromisso de resolver todos os pendentes do caderno reivindicativo que remonta ao ano de 2021.
Em função dos entendimentos obtidos durante o encontro, os profissionais retomaram os seus postos de trabalho no sábado, 17, depois de uma paralisação de três dias, segundo deu a conhecer o secretário-geral do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda.
Afonso Kileba fez saber, entretanto, não estar descartada a retoma da paralisação “por tempo indeterminado”, se a entidade empregadora não cumprir a promessa feita diante dos enfermeiros.
“Solicitamos que se coloquem pessoas certas em lugares certos para se evitar que pessoas não comprometidas com o trabalho e com as responsabilidades que lhes são incumbidas façam parte da liderança do Ministério da Saúde”, defende aquele sindicalista.
A falta de promoção e actualização de categorias, da orçamentação das unidades com capacidade para atender até 300 pacientes por dia, melhores condições de trabalho, o pagamento correcto das horas acrescidas de 48 horas semanais e o pagamento dos subsídios relativos à covid-19, fazem parte do rol de exigências da classe dos enfermeiros de Luanda.
Manuel Varela, director do Gabinete provincial da Saúde de Luanda, garantiu recentemente, à VOA, que as reivindicações apontadas estão a ser atendidas ao abrigo do acordo entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros assinado em Novembro de 2022.
"São os mesmos pontos que foram discutidos e resolvidos superiormente", concluiu na altura.
A mais recente greve dos enfermeiros começou no passado dia 13.
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