O Parlamento moçambicano iniciou nesta segunda-feira, 11, a apreciação das propostas de Plano Económico e Social e Orçamento de Estado para 2018, que prevêm o crescimento da economia de 5,3 por cento e um défice orçamental de 8,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra 10,7 por cento previsto para o presente ano.
O primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário disse na apresentação das propostas estar previsto que no próximo ano a taxa de inflação diminua para 11,9 por cento contra 15,5 prevista para 2017.
Ele afirmou que o exercício do ajustamento da política fiscal em curso salvaguarda a afectação de recursos para sectores prioritários, entre os quais a saúde, educação, infra-estruturas, agricultura e protecção social, explicando que é o que vai ser feito em 2018.
Rosário destacou que "o Governo irá afectar cerca de 63,4 por cento do total de recursos para os sectores prioritários, nomeadamente saúde, educação, água e saneamento, no âmbito da contínua melhoria da provisão de serviços básicos à população".
O governante referiu ainda que, para o Executivo, a agricultura constitui uma área importante, mas o director do Observatório do Meio Rural, economista João Mosca, diz que não basta definir a agricultura como sector prioritário, porque o problema não está na definição.
Na opinião daquele economista, "o problema está em investir sobretudo em boas políticas públicas, em não existirem distorções no funcionamento dos mercados e em haver uma economia mais aberta e com maiores oportunidades para todos".
Entretanto, as bancadas parlamentares da Renamo e do MDM recomendam a reprovação do Plano Económico e Social e do Orçamento de Estado para 2018 porque "não divulgam os meandros da dívida oculta e não respondem às aspirações dos moçambicanos”.
Posição contrária foi assumida pela bancada da Frelimo.