A menos de um mês do início do novo ano letivo, o ministro da Educação e do Ensino Superior, Braima Sanhá, anuncia um plano de emergência para abertura das salas de aulas sem sobressaltos, mas os sindicatos lembram ser preciso resolver algumas questões ligadas aos professores.
Para que haja um novo ano letivo sem sobressaltos, contrariamente ao que foi registado nos últimos três anos, em que o sistema educativo quase não funcionou, a Frente Comum dos Sindicatos do Setor da Educação, fórum que junta dois dos mais importantes estruturas sindicais da classe docente, aponta o que deve ser feito.
"Por exemplo, no caso da dívida de subsídios de isolamento, de giz, da carga horária, assim como da dívida de alguns professores e novos ingressos do ano letivo 2021/2022 e de alguns professores contratados do mesmo ano", indica o porta-voz da organização.
Sene Djassi acrescenta ainda que "125 professores não receberam nenhum tostão e vários outros problemas".
Aquele porta-voz espera deste novo Governo o atendimento destes pontos para o bem do sistema educativo, não obstante mostrar-se um pouco cauteloso.
"Habitualmente, qualquer que for o Governo sempre mostra abertura. Mas, levando alguns meses, a situação se complica. Seja como for, temos expectativas, aliás, o Governo de PAI – Terra Ranka bem sabe que ganhou eleições, tendo em conta a má Governação do Governo cessante", conclui Djassi.
Face às perspectivas do novo ano letivo, o ministro da Educação e do Ensino Superior garante, em exclusivo à Voz de América, que o Governo tem em mãos um plano de emergência para os próximos 30 dias.
"Esse Plano de Emergência de 30 dias, irá nos permitir com que este ano letivo seja um ano de êxito, mas para que isso aconteça é necessário que haja uma estratégia de desenvolvimento, colaboração e trabalho em conjunto com todas as estruturas do país, particularmente os Sindicatos, organizações sociopolíticas, as comunidades, etc. Todas essas estruturas devem participar no processo de preparação do novo ano letivo. Só assim é que podemos ter uma condição efetiva e eficaz para que possamos ter um ano letivo de qualidade e sem sobressaltos", aponta Braima Sanhá.
O governante indica que houve várias reuniões com os sindicatos e reitera que o diálogo é a base do trabalho.
"Outra ferramenta é a preparação dos quadros que vão trabalhar no sistema., vamos estruturar as escolas, melhorá-las, e dar às escolas as condições para que possam funcionar. Uma delas é a capacitação dos professores, pôr à disposição os materiais didáticos a tempo e hora. Na base disse podemos então avançar. Seja como for, não vamos ter tudo neste momento, pois a Educação é pesada. As coisas vão ser de passo a passo", garante Sanhá.
O ano letivo começa a 3 de Outubro.
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