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Governo exclui eleitores no Huambo


Brigada de Registo Eleitoral na província de Huambo
Brigada de Registo Eleitoral na província de Huambo

UNITA no Huambo diz que as autoridades deixaram de fazer a actualização do registo eleitoral em várias localidades dos municípios do Tchinjenge, Longonjo e Ukuma.

As denúncias surgem a poucos dias do fim do prazo para actualização do registo eleitoral, numa altura em que as autoridades parecem ter intensificado as campanhas de sensibilização do registo.

À imprensa, Abel Carlos Tiago, secretário da campanha para a região Oeste da província do Huambo, disse que a situação deixa fora do registo 23 localidades entre comunas, aldeias e sectores.

Tiago alertou para aquilo que considera atropelos sistemáticos à Lei dos Partidos Políticos e à Lei Constitucional. O político referiu ainda que, em algumas localidades, são os sobas e dirigentes do partido no poder que recolhem os cartões de eleitores de cidadãos e os levam para uma determinada brigada de registo em funcionamento onde são actualizados.

“O processo de registo eleitoral não decorre conforme previsto na lei”, disse o dirigente partidário, alegando que “a lei diz que o cidadão deve ele próprio levar o seu cartão para efectuar o registo nas brigadas. O que nós constatamos é que sobas e os dirigentes do MPLA estão a recolher coercivamente os cartões das populações e escolher onde as pessoas devem votar”

Já o PRS - Partido de Renovação Social - manifestou a sua preocupação em relação a intolerância politica na província sobretudo neste ano eleitoral.

Adolose Mango, dirigente do PRS no Huambo
Adolose Mango, dirigente do PRS no Huambo

Adolose Mango, dirigente daquela formação partidária no Huambo, disse que o actual momento exige um ambiente de liberdade e desmente as alegações segundo as quais a intolerância política na província, resulta do ressentimento do passado, pelas atrocidades cometidas pela UNITA durante o conflito armado.

Falando aos militantes do seu partido, Mango apontou os municípios da Chipipa e Ukuma em que os militantes do MPLA estão a impedir a implantação da sua organização política.

“Os nossos comités foram destruídos por elementos fanáticos do MPLA que a todo o custo impedem a colocação de bandeiras dos partidos legalmente constituídos, violando desta maneira a democracia e paz”, disse.

Os dois partidos falam do défice da campanha de sensibilização para a actualização do registo na província e acreditam que o clima de intimidação está a ter o seu reflexo na fraca afluência aos postos de registo eleitoral.

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