A porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, escreveu neste domingo, 3, na rede social X, antigo Twitter, que "não há tropas ruandesas em Maputo", e que as mesmas estão somente em Cabo Delgado para ajudar a combater a insurgência naquela província moçambicana.
Makolo reagia a um comentário que dava conta de que tropas ruandesas estavam a ajudar as forcas moçambicanas a reprimir os manifestantes contra as eleições de 9 de outubro.
Isto é uma mentira. Não há tropas do Ruanda em Maputo"Yolande Makolo
"As Forças de Segurança do Ruanda estão destacadas estritamente na província de Cabo Delgado, em operações conjuntas com as forças moçambicanas contra combatentes extremistas islâmicos que têm estado a aterrorizar os residentes na província." Escreveu a porta-voz.
Este final de semana também foi agitado no país. A polícia e os manifestantes voltaram a confrontar-se no sábado, 2, em várias cidades de Moçambique, onde a oposição contesta os resultados das eleições presidenciais, que, segundo os observadores internacionais, foram marcadas por numerosas irregularidades.
Na capital, Maputo, centenas de pessoas reuniram-se antes de serem dispersadas pela polícia com gás lacrimogéneo e balas de borracha.
O país vive um ciclo de violência desde que, a 24 de outubro, foram anunciados os resultados oficiais das eleições presidenciais e legislativas de 9 de outubro, que deram uma larga vitória à Frelimo, o partido que está no poder há 49 anos.
União Europeia apela "à contenção e à calma de todas as partes"
Numa mensagem publicada na rede social X, o Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell disse ter falado ao telefone com a chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) Laura Ballarín Cereza.
"Concordámos com a necessidade de responsabilização, respeito pelo Estado de direito, transparência e processos adequados nas próximas fases do processo eleitoral, apelando ao diálogo político, à contenção e à calma de todas as partes", escreveu Borrell no sábado.
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