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Mondlane acusa Frelimo de "corrupção" e "roubo", Chapo diz que só a Frelimo pode "resolver os problemas do povo


Eleições em Moçambique. Fotografia de arquivo
Eleições em Moçambique. Fotografia de arquivo

O ex-deputado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e candidato presidencial, Venâncio Mondlane, acusou a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), o partido no poder desde 1975, de "corrupção" e "roubo".

"A única coisa que esses 50 anos de independência nos trouxeram foi mais corrupção. Foram 50 anos de roubo, foram 50 anos de mentiras, foram 50 anos de enganos". As declarações foram feitas sábado, 5, na Beira, província de Sofala.

Colocado em cima de um carro, de microfone na mão e com uma coroa na cabeça, em alusão ao partido Podemos, que o apoia, Mondlane disse não ser aceitavel "que um certo punhado de pessoas continue a tratar Moçambique como se Moçambique fosse negócio da sua própria família".

"Nós não podemos continuar a aceitar dizerem que nós temos uma dívida de 50 anos de independência, que todos os dias, no mata-bicho, no almoço, no jantar, nos fazem lembrar que nós temos uma divida porque eles libertaram o país", criticou o candidato. "A mensagem é simples e é esta: Este país é nosso".

Segundo Venâncio Mondlane, a partir de 2025 "a isenção de impostos acabou".

Voto "sem emoção"

Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), afirmou que "não se pode escolher por emoção. Cinco anos não é brincadeira, é o futuro do nosso país que está em causa", lembrou Chapo sábado, 5, num comício em Moatize, província de Tete.

O candidato da Frelimo acusou os restantes candidatos de falta de experiência governativa. "O número três [posição de Venâncio Mondlane no boletim de voto] fala muito. Está a toda hora nervoso. Sozinho, não precisa de lhe provocar. Mas é como o número um [Lutero Simango], nunca o viram conduzir", declarou.

De acordo com Daniel Chapo, só o seu partido pode "resolver os problemas do povo. Não há outro partido, é só a Frelimo e o seu candidato".

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia diz ter enviado mais 76 observadores para reforçar as equipas que trabalham em todas as províncias moçambicanas. A missão, que conta com mais de 170 observadores, sinaliza, por agora, uma campanha "mais pacífica".

Moçambique, primeiros observadores eleitorais da União Europeia enviados para o terreno
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Os observadores vão acompanhar a campanha eleitoral, que termina no domingo e ainda "observar a abertura das urnas, a votação, encerramento, contagem de votos e apuramento".

As campanhas encerram domingo, 6. Para alem de Venâncio Mondlane e Daniel Chapo, concorrem à presidência Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

As eleições decorrem na proxima quarta-feira, 9 de Outubro.

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